Prezado(a) professor(a), iniciaremos o trabalho com Datas Comemorativas. Dividimos em 4 unidades com suas respectivas datas a serem comemoradas em sala de aula.

18 de abril: Dia Nacional do Livro Infantil

Trabalhando – Monteiro Lobato

• Discuta com seus alunos a escolha da data 18 de abril para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil. É a data de nascimento do escritor Monteiro Lobato, em 1882. Fale da importância que esse autor tem para o cenário da literatura nacional e apresente uma breve biografia e fotos do autor para que as crianças se familiarizem. Comente, também, que ele possui o título de “pai da literatura infantil brasileira”.
• Pergunte às crianças se elas conhecem a obra O Sítio do Picapau Amarelo, questione quais personagens elas se lembram. Divida a turma em grupos e ajude-os a confeccionar fantoches simples com os personagens do Sítio. Crie um enredo acessível, com base na história de Lobato, para a idade da turma, de forma que possam brincar de teatro de fantoches. Combine com os familiares os materiais necessários que devem ser levados para a escola com antecedência. As crianças vão amar a experiência de brincar e dialogar com fatos históricos e folclore nacional.
• Promova uma troca de leitura entre os alunos, em que turmas mais velhas possam ler para as turmas mais novas. Monteiro Lobato reescreveu fábulas de Esopo e La Fontaine, que podem ser trabalhadas, como: O julgamento da ovelha, O pastor e o leão, A coruja e a águia, entre outras. Todas essas fábulas possuem uma lição de moral, que serve para criar debates com os alunos e promover a criticidade. Você também pode incentivar a criação artística por meio de desenhos e pinturas das personagens retratadas.
• Procure incentivar os pais a lerem obras de Monteiro Lobato para as crianças durante a semana do Dia Nacional do Livro Infantil. Quando uma criança vem de uma família de leitores, e quando tem a oportunidade de ter um professor que valoriza a literatura, ela tende a ganhar vocabulário, criatividade e uma leitura mais fluida rapidamente. Sugira Viagem ao Céu, Reinações de Narizinho, Histórias de Tia Nastácia e Jeca Tatuzinho para facilitar os debates sobre o tema.
• Reúna várias obras infantis do escritor Monteiro Lobato em cima de um tapete na sala ou de uma colcha para criar um ambiente aconchegante. Coloque almofadas no chão e enfeite a sala com as personagens do autor, bonecos e imagens da Emília, do Saci, do Pedrinho e das outras. Reserve um tempo para que os alunos possam deitar-se confortavelmente no chão e desfrutarem uma leitura prazerosa. Depois, você pode pedir para que falem um pouco sobre as características das histórias que leram.
• Durante a semana do Dia Nacional do Livro Infantil, solicite às crianças que escolham de qual personagem do Sítio do Picapau Amarelo elas gostaram mais. Peça que pensem nas características físicas e na personalidade dessa personagem. Depois, promova uma oficina de criação de poeminhas, em que as crianças poderão expressar a razão de terem escolhido essa personagem para homenagear. Por fim, elas devem ilustrar a personagem para enfeitar os poemas. Você pode ajudá-las colocando as características das personagens escolhidas no quadro de giz.

19 de abril: Dia do Índio

• Em um calendário, junto com as crianças, marque com cores diferentes o Dia do Índio. Procure explicar que se usam numerais para marcar os dias, as datas.
• Caso haja comemoração na escola do Dia do Índio, ensine as crianças o significado de algumas palavras indígenas para que elas conheçam.
• Falar dos povos indígenas é falar da natureza, riqueza linguística e cultural, resistência e diversos temas sempre atuais. Promova discussões acerca do tema com os alunos, incentivando a criticidade deles e abordando a necessidade de respeitarmos as pessoas com ascendência indígena e seus costumes.
• Fale às crianças sobre os costumes dos indígenas brasileiros, sobre seus hábitos alimentares, palavras e o que herdamos deles.
• Mostre aos alunos imagens de indígenas de todo o Brasil. Em seguida, solicite que desenhem o que viram e o que mais gostaram.
• Monte um mural com as imagens de indígenas e objetos utilizados por eles. Se houver na escola algum contato com representantes de uma tribo indígena, solicite-lhes a presença para demonstração de seus hábitos e costumes.
• É importante que as crianças percebam que não existe apenas um tipo de indígena no Brasil. Entre esses povos, a diversidade cultural é imensa. Por isso, leve imagens de diferentes nações com seus respectivos costumes, utensílios e moradias. Procure levar, também, imagens de indígenas que vivem em nossa sociedade, e não apenas os isolados. Quebrar certos estereótipos é fundamental para não permitir o apagamento dessa etnia.
• Ressalte, por meio de figuras, a arte produzida pelos indígenas, mostrando e valorizando sua riqueza e sua importância. Distribua argila para os alunos para que eles produzam a própria arte.
• Que tal conversar sobre lendas com seus alunos? As lendas brasileiras, em sua maioria, têm origem indígena e são aliadas na hora de falar sobre a cultura desses povos, pois as histórias têm um papel fundamental na educação das crianças aldeãs. Os alunos vão adorar ouvir sobre as famosas personagens do folclore brasileiro: Yara, Caipora, Curupira, Boitatá, Boto-cor-de-rosa, Cuca etc. Após a narração das histórias, incentive os alunos a desenhar e pintar as personagens que mais gostaram.
• Antecipadamente, pesquise informações sobre os indígenas brasileiros, por exemplo, cantigas, religiosidade, alimentação, formação arquitetônica das aldeias etc. Explorar a realidade dos indígenas é importante para desmistificar.
• Converse sobre a tradição das pinturas e desenhos nos corpos que os indígenas têm. Comente sobre seus significados, exemplificando que existem pinturas diferentes para cada ocasião, desde sentimentos felizes aos sentimentos de revolta pelos problemas enfrentados pelos povos. Leve alguns desses grafismos para a sala e os deixe amostra. Disponibilize material para que cada criança faça o próprio grafismo e atribuam um significado para ele relacionado a algum sentimento.
• Leve para a sala de aula exemplos de palavras com origem indígena, mas hoje, incorporadas à língua portuguesa. Alguns exemplos são: tamanduá, carioca, pipoca, peteca. Peça que pesquisem em casa outros exemplos de palavras com essa origem e discutam em sala os resultados.
• Apresente filmes e estimule uma produção textual, artística ou um debate com seus alunos acerca de todo o assunto trabalhado sobre a temática da cultura indígena. Na internet é possível encontrar vários documentários disponibilizados on-line e, se possível, reproduza um deles em sala de aula ou peça às crianças que assistam em casa para a realização da atividade em classe.
• Solicite na agenda que cada aluno traga uma garrafa PET vazia. Utilize grãos de feijão para encher as garrafas e reproduzir os sons de instrumentos indígenas.
• Confeccione, com material reaproveitado, um maracá ou um chocalho, que são instrumentos musicais indígenas, e incentive os alunos a conhecerem os sons feitos por esses instrumentos. Mostre, também, outros exemplos de utensílios utilizados por eles para criar música.
• Reúna as crianças em círculo reproduzindo a dança indígena, com movimentos circulares sequenciando batidas de mãos e pés.
• Explique às crianças que os indígenas também se comunicam por meio de suas músicas e de suas danças.
• Confeccione cocares com E.V.A. colorido e decore como quiser. Cole as penas (artificiais ou de palha) e feche com grampeador. Em seguida, brinque com as crianças.
• Proponha modelagem de utensílios indígenas com argila.
• Promova um lanche coletivo em sala, com comidas típicas indígenas: cocada, frutas, verduras, bolo de milho. Essa é uma forma significativa de resgatar elementos dessa cultura. Os alunos serão fundamentais na construção da atividade, pois cada um trará de casa uma comida típica – solicite na agenda.
• Peça aos alunos que representem, por meio de desenhos, a moradia dos indígenas e colem palha seca na oca do índio.
• Apresente fotos de aldeias indígenas brasileiras e converse com as crianças sobre as diferenças entre o modo de vida nas cidades e o modo de vida nas aldeias. Converse sobre os cuidados que as crianças indígenas devem ter por morar, muitas vezes, próximas às matas.

Boa leitura!
Grande abraço,
Célia Passos e Zeneide Silva